No dia 27/11 é o Dia Nacional de Combate ao Câncer, uma data criada com o objetivo de levar informação sobre a doença para todas camadas da sociedade
Além da campanha novembro azul (de prevenção ao câncer de próstata), este mês tem outra data que também visa conscientizar sobre tumores malignos no país. No dia 27 de novembro é comemorado o Dia Nacional de Combate ao Câncer, uma data criada com o objetivo de levar informação sobre a doença para toda sociedade brasileira. A data foi instaurada no país a partir da necessidade de disseminação da informação acerca do tema, já que o câncer mata milhões de pessoas todos os anos.
Entre os tipos de câncer mais frequentes no país, está o de pele. Atualmente, corresponde a 30% de todos os tumores malignos registrados no Brasil. Embora esteja entre os mais comuns, o tipo específico apresenta altos percentuais de cura, se for detectado precocemente.
Com a expectativa de vida da população brasileira crescendo, o número de casos de câncer também vem aumentando. De acordo com dados o Instituto Nacional de Câncer (INCA), as pessoas acima dos 65 anos de idade estão mais expostas ao risco de desenvolvimento dessa doença. Mais da metade das mortes causadas por câncer no país são nessa faixa etária – anualmente 75 mil idosos morrem no Brasil em decorrência disso. A estimativa é alarmante. A projeção para 2018 é de que serão 165.580 novos casos, sendo 85.170 homens e 80.410 mulheres.
Em Brasília, o Dr Erasmo Tokarski que atua na área da Dermatologia, Estética e Cirúrgica há mais de 30 anos, explica que existem duas categorias principais de tumores na pele. “O não melanoma é o mais frequente e tem baixa letalidade. Ele atinge a epiderme, a camada mais externa da pele. Já o tipo melanoma é raro, porém mais agressivo. Ele ataca os melanócitos, as células que produzem o pigmento melanina, e tem grandes chances de metástase, ou seja, de se espalhar para outras partes do corpo”, conta.
De acordo com o especialista, os cuidados com a prevenção são fundamentais para diminuir a incidência do câncer de pele. Alguns dos fatores de risco são a exposição solar exagerada e bronzeamento artificial. Também há aspectos naturais, por exemplo, ter histórico da doença na família e ter pele clara, que é mais sensível a radiação solar.
Ele descreve ainda os sinais que precisam de atenção. “Uma boa dica é a regra do ABCDE. Você precisa consultar um médico se tiver uma pinta ou mancha que seja Assimétrica, tenha Bordas irregulares, alterações na Cor, Diâmetro maior que seis milímetros e apresente Evolução ou modificação ao longo do tempo”, alerta.
O tratamento pode incluir cirurgia para retirada do tumor (podendo ser feita com laser, bisturi, congelamento e fototerapia, entre outras técnicas), medicamentos de uso tópico e radioterapia, dependendo da gravidade do quadro. “Mesmo em casos mais simples, é importante ir logo a um profissional especializado. O câncer pode provocar lesões, geralmente nas áreas mais expostas do corpo, e gerar problemas estéticos, prejudicando a imagem e a autoestima do paciente”, afirma o dermatologista.
Saiba mais sobre a prevenção:
- É importante usar filtro solar diariamente e reaplicar o produto a cada duas horas, nas atividades de lazer ao ar livre, ou a cada quatro horas no dia a dia. Uma boa frequência para a rotina cotidiana é aplicar o protetor de manhã antes de ir ao trabalho e reaplicar antes de sair para o almoço;
- Usar chapéus, óculos escuros, roupas com fator de proteção e guarda-sol;
- Ir ao médico caso surjam pintas ou manchas suspeitas, que coçam, ardem, descamam, sagram ou mudam de cor e tamanho, e feridas que demoram mais de quatro semanas para cicatrizar.