O Método Padovan, criado pela fonoaudióloga Beatriz Padovan, ganhou o mundo tornando-se referência no tratamento de pessoas com diversas síndromes, paralisia cerebral, vítimas de acidentes vascular cerebral e até de bebês prematuros. Por sua eficácia a técnica também tem sido aplicada em pacientes que apresentam um desenvolvimento atípico como Transtorno do Espectro Autista (TEA) e alterações comportamentais do desenvolvimento voltado para dificuldade de concentração e hiperatividade, como aqueles diagnosticados com Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH). O objetivo desse recurso terapêutico, que é feito sem uso de medicamentos, é reorganizar e equilibrar o sistema nervoso, dando autonomia e qualidade de vida aos pacientes.
Essa reorganização acontece por meio da realização de uma sequência de etapas corporais relacionadas as etapas evolutivas do neurodesenvolvimento humano, em seguida são feitos movimentos de coordenação das mãos e olhos, além de exercícios orais de respiração, sucção, mastigação e deglutição, pré-requisitos para o desenvolvimento de qualidade da fala.
“O Método Padovan reinstala no sistema nervoso funções que foram desenvolvidas de uma forma equivocadas ou que não se desenvolveram. Por isso, uma criança com dificuldade de concentração ou hiperatividade, pode ficar mais concentrada em tarefas escolares, mais organizada em suas atividades do dia a dia. Com o tratamento ela vai equilibrando todo o processo de concentração, relacionamento, fala e organização de pensamento”, afirma a psicóloga e terapeuta do Método Padovan, Luana Lemos.
Resultado
Para o administrador João Paulo Rodrigues, apesar do pouco tempo de tratamento com o Método Padovan, o recurso já tem apresentado resultado para o filho, Gustavo Henrique, de 5 anos.
“Desde que começamos com o tratamento, há dois meses, percebemos uma melhora no comportamento do Gustavo. Isso tem sido notado pela família e na escola também. Ele está mais tranquilo, com mais facilidade de concentração e de comunicação.”
O motivo pela busca por uma terapia foi a mudança do comportamento de Gustavo após o nascimento da irmã mais nova.
“Notamos que ele estava muito resistente, agitado e se irritava com facilidade. Acredito que essa melhora no comportamento dele está ligada a uma junção de fatores, como os nosso esforços em lidar com situação percebendo as necessidades dele, por exemplo. Mas o Método Padovan tem se mostrado um diferencial”, complementa João Paulo.
De acordo com a psicóloga, que atende crianças de diversas idades e faz uso do método no tratamento de síndromes como autismo, pacientes que apresentam traços de hiperatividade ou TDAH, além de crianças e adultos com distúrbios comportamentais ou emocionais como ansiedade e irritação, o recurso pode ser uma alternativa para o uso de medicamentos.
“Em alguns casos, durante o trabalho de reorganização do sistema nervoso reduzimos ou até interrompemos o uso de determinados medicamentos para que a criança possa responder com todo o seu potencial ao tratamento. Temos casos no qual as respostas ao método, em nada deixam a desejar se comparadas aos efeitos da medicação. Muitas vezes o método proporciona ao corpo até mais equilíbrio”, observa Luana.
Mas ela alerta:
“Antes de sugerir a interrupção de qualquer medicamento tomamos muito cuidado, é preciso saber qual o tipo de medicação e sua indicação, além de ser fundamental o trabalho interdisciplinar e de comunicação com o médico do paciente. Não desvalorizamos o trabalho realizado por outros profissionais, analisamos com muita cautela cada caso.”
Terapia guiada com versos
Durante todas as sessões do tratamento, versos e canções faladas pelo terapeuta dão ritmo e harmonia à terapia. Com isso, o cérebro é induzido a ter atenção aos movimentos feitos de forma ritmada e estimular o processo do pensar no paciente, além de deixar as sessões mais harmônicas e agradáveis. Segundo Luana, as sessões possuem recapitulação de etapas evolutivas, na qual há uma sequência a ser seguida e uma forma correta de acontecer.
“Durante as sessões conduzimos o processo de forma lúdica tornando etapas como andar de gatinho e macaco mais atrativas para as crianças. Não há uma brincadeira específica, nem o uso de nenhum tipo de brinquedo, mas, com as crianças, o brincar deve estar sempre presente. Em todas as etapas nos adequamos a idade cronológica, patologia e ao que a criança é capaz de responder”, aponta.
De mãe para filha
Referência na área, a Clifops trabalha com o Método Padovan há 25 anos, atendendo pacientes com as mais diversas patologias. A fonoaudióloga e entusiasta do recurso terapêutico, Lenita Villar Figueiredo, fundadora da clínica, foi aluna de Beatriz Padovan em meados dos anos 90. Hoje, sua filha, Luana Lemos Villar, segue os passos da mãe na busca pela melhora da qualidade de vida de muitos pacientes.
“Me sinto muito honrada em continuar o trabalho da minha mãe, que sempre foi uma profissional muito comprometida e competente”, finaliza, Luana.
Serviço – Clifops
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