Problema pode impactar fortemente a qualidade de vida das pessoas
Os distúrbios do movimento são um grupo de problemas neurológicos caracterizados por movimentos involuntários que podem ocorrer de forma contínua ou episódica. Os movimentos involuntários podem acometer os braços, as pernas, a cabeça ou mesmo o tronco. Eles geram incapacidades em graus diversos e podem afetar drasticamente a qualidade de vida das pessoas. Eles podem incluir tremores, rigidez, espasmos, contrações musculares involuntárias e até mesmo a incapacidade de controlar os movimentos. Esses distúrbios podem ser causados por diversas condições, como doenças neurodegenerativas, lesões cerebrais, distúrbios metabólicos e efeitos colaterais de alguns medicamentos.
A doença de Parkinson é o tipo mais frequente de distúrbio do movimento, mas existem vários outros. “Em comum, eles estão, em regra, associados a problemas que afetam os chamados núcleos de base do nosso cérebro. Situados profundamente no cérebro, esses núcleos regem os nossos movimentos, como se fossem verdadeiros maestros. Uma alteração no funcionamento desses núcleos pode levar a movimentos involuntários, como os tremores”, explica o neurologista Dr. Heitor Lima.
Segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), estima-se que mais de 1% da população mundial seja afetada por algum tipo de distúrbio do movimento. Essas condições podem ser causadas por uma série de fatores, incluindo doenças degenerativas, como a doença de Parkinson, problemas genéticos, lesões cerebrais traumáticas, entre outros.
O médico neurologista destaca que, embora os distúrbios do movimento possam ser debilitantes em muitos casos, existem medidas que podem ajudar os pacientes a lidar com os sintomas e melhorar a qualidade de vida. O tratamento para os distúrbios do movimento envolve uma abordagem multidisciplinar, que inclui medicamentos, terapias específicas e intervenções cirúrgicas em casos graves. Segundo o Dr. Heitor, é importante que os pacientes com distúrbios do movimento busquem suporte médico o mais cedo possível. “Um diagnóstico precoce pode permitir um tratamento mais eficaz e atrasar a progressão dos sintomas. Além disso, existem grupos de apoio e organizações que oferecem suporte e informações para pacientes e seus familiares”, afirma.
Além disso, o neurologista ressaltou a importância da pesquisa científica contínua nessa área. Diversos estudos estão sendo conduzidos para entender melhor as causas dos distúrbios do movimento e desenvolver novas abordagens terapêuticas.
É importante destacar que os distúrbios do movimento são condições complexas que exigem uma abordagem individualizada para o tratamento. Por isso, é fundamental contar com o acompanhamento de profissionais especializados e buscar atualizações constantes no campo da pesquisa para melhorar o prognóstico e a qualidade de vida dos pacientes.