Embora Brasília seja uma cidade nova, já conta com produtos nativos ou feitos de um jeito único e especial, e que estão sendo valorizados na gastronomia local, ajudando, inclusive, a alavancar a economia no mercado de pequenos produtores e da agricultura familiar. O Projeto Panela Candanga dá continuidade às ações de valorização do Cerrado. Produzido pela DUBEM Entretenimento, apoiado pela Abrasel-DF e encabeçado pelos chefs Mara Alcamim (Restaurante Universal), Francisco Ansiliero (Dom Francisco) e Gil Guimarães (Baco Pizzaria e Parrilla Burger), o projeto convida estudantes de Gastronomia e demais interessados para um bate-papo em 5 de maio (sábado), das 9h às 12h, no Restaurante Universal (210 Sul).
A ideia é que o projeto continue mostrando cada dia mais BRASÍLIA para BRASÍLIA e BRASÍLIA para os BRASILEIROS, por meio da multiplicação de informação, feiras Panela Candanga, palestras locais e país afora”, conta Luciana Fabrino Alcamim, diretora-executiva da Dubem Entretenimento.
Por isso, em 5 de maio, será lançado o catálogo Panela Candanga com informações sobre os produtos mapeados desde a criação do projeto, em outubro do ano passado. Inicialmente, há cinco. Um deles é o maracujá pérola do cerrado, resultado do cruzamento de diversas espécies de maracujá cultivadas na região, após cerca de 20 anos de pesquisas e melhoramento genético da espécie Passiflora Setacea pela Embrapa Cerrado. Diferente do maracujá tradicional, ele é doce, podendo ser consumido puro ou ainda dar um toque diferenciado a receitas, como doces, drinks e até em alguns pratos salgados, trazendo sabor agridoce e um ar exótico a nossa mesa.
Há ainda, entre os catalogados, o limão imperial chinês, os embutidos artesanais produzidos pelo Léo Hamu, e os queijos da Cabra Chic. Léo, que também é membro do Slow Food, faz um resgaste da culinária do Brasil Central, apresentando-a à nova geração com muito sabor. Há três anos, ele fabrica, no Núcleo Rural Rajadinha, no Paranoá, carne de lata (o famoso confit da técnica francesa) e uma linguiça caipira bem especial: a carne é cortada em pedaços e embutida em uma tripa média; em seguida, é defumada em folhas de laranjeira e conservada em banha de porco. Não se usa nenhum tipo de conservante e a durabilidade é de seis meses.
Já a Cabra Chic, localizada em Luziânia (GO), é uma das representantes, em Brasília, do legítimos queijo de cabra artesanal. E o melhor: sem aqueles aditivos químicos que acabam com a graça de qualquer alimento. Armando Sobral cria a cabra Anglo Nubiana. É uma raça rústica e de dupla aptidão, excelente na produção de leite, rico em gordura, o que é mais adequado para a fabricação de queijo”, explica Armando. A Cabra Chic conta com uma linha diversificada: como ricota, boursin, frescal, meia cura, montanhês, sardo e o demi-chèvre, feito com queijo de cabra e de vaca.
O catálogo traz ainda receitas assinadas pelos chefs Mara Alcamim e Gil Guimarães. Além do lançamento dessa relação inicial de pesquisa do Panela Candanga, os chefs também vão apresentar uma plataforma online, com informações sobre esses produtos – como características, modo de cultivo ou produção, safra, aonde encontrá-los e/ou comprá-los, contatos dos produtores e/ou agricultores –, e convidar a todos para participarem. Pois, com o tempo, a intenção é que essa base de dados possa ser consultada e enriquecida pelos usuários por meio de novas sugestões a serem pesquisadas. A plataforma está disponível no site www.panelacandanga.com.br.
Bate-papo com Panela Candanga
Sábado (5 de maio), das 9h às 12h, no Restaurante Universal (CLS 210, Bloco C, Loja 18, Asa Sul). 80 vagas. Inscrições por meio do e-mail eventopanelacandanga@gmail.com. Atenção: 10 lugares serão destinados a portadores de necessidades especiais e idosos. (61) 9.8265-1258.
A capacidade de público é de 80 pessoas, mediante reserva de vaga por meio do e-mail eventopanelacandanga@gmail.com. Desse total, 10 serão destinadas a portadores de necessidades especiais e idosos. Outras informações podem ser obtidas por meio do telefone (61) 9.8265-1258.