A chef Inaiá Sant’ana conta sobre a delícia que é fazer doces para todos (até alérgicos e intolerantes)
Uma das maiores alegrias da chef Inaiá Sant’ana é ver alguém que tem alergia ou intolerância à lactose entrar na sua loja e poder degustar as opções na vitrine. Mesmo quem sofre com as restrições pode se esbaldar na cozinha da Quitutices. Isso porque, por lá, a proteína do leite e o glúten não tem vez.
Esse sentimento que brota na profissional é inevitável, já que ela reproduz receitas afetivas e com gostinho de infância, além de doces deliciosos. “Todo mundo tem uma sobremesa, um bolo, um docinho que traz memórias de infância, de uma viagem ou de algum momento especial. E mais que lembranças, também fazem parte das rodas sociais! Todo aniversário tem um bolo, não é? Toda comemoração tem uma sobremesa”, explica.
Segundo ela, as restrições alimentares podem dar a falsa sensação de ter que se restringir a comer doces. “Deixamos de comer essas comidas e esse momentos ou deixam de existir ou se tornam menos prazerosos”, comenta. Contudo, para a alegria de muitos, a Quitutices nasceu com o propósito de resgatar essas memórias e momentos atrás de sobremesas inclusivas. “Sobremesas gostosas e bonitas para que todos, inclusive quem não tem restrição alimentar, possam se deliciar e compartilhar momentos”, afirma.
Prova disso é o feedback dos comensais. “Todos os dias tem gente na loja agradecendo, contando histórias de como nossas sobremesas ‘salvaram’ a vida delas! Relatos de crianças que nunca comeram um brigadeiro e na Quitutices podem comer”, conta a empresária, com brilho nos olhos. Até porque, de acordo com Inaiá, “ter uma alergia não significa uma restrição alimentar, mas a inclusão de vários outros ingredientes em substituição ao que deve ser retirado da dieta”.
Crescente procura
Os produtos sem glúten e sem lácteos são uma tendência que vem crescendo ao longo dos últimos anos e ganhado força no mercado (além de proporcionar a experiência de degustar um doce a pessoas que “não podiam”. Esse fato vem acompanhado de dados concretos e alarmantes: no Brasil, a doença celíaca atinge uma a cada 600 pessoas, segundo a Organização Mundial de Gastroenterologia (WGO).
Além disso, estima-se que cerca de 40% da população brasileira tem intolerância à lactose. Ademais, de acordo com a empresa Glúten Free, no Brasil, entre 2018 e 2019, o mercado de produtos sem glúten cresceu aproximadamente 35%.
Tem para todos os gostos
Por lá, vale ressaltar o bolo de brigadeiro (R$ 20,50), composto por uma massa de chocolate feita com coco ralado sem adição de farinhas com recheio de brigadeiro de leite de coco.
Quem gostar de comida afetiva pode pedir o brigadeiro ‘tradicional’ (R$ 6,80), feito com leite condensado artesanal de ‘leite’ de castanha-de-caju e chocolate 56% da Tnuva. Também há o beijinho (R$ 6,80), feito com leite condensado artesanal de leite de coco, açúcar demerara e coco ralado.
O pudim de ‘leite’ é um dos queridinhos da casa. Essa versão, que custa R$ 12, é feita com ovos, leite de coco, leite de castanha-de-caju e açúcar demerara. Outra opção é o pavê na taça (R$ 25), feito com biscoito champanhe artesanal e cremes feitos com leite de castanha. Os sabores podem ser banoffee, tiramisù, chocolate com morango, chocolate com baunilha, e baunilha com morango.
Ótima para qualquer ocasião, a Palha Italiana (R$ 17,50) também vai bem. Ela leva biscoito champagne artesanal e brigadeiro de leite de castanha-de-caju. Outra opção é o alfajor (R$ 18), que é feito com biscoito ‘amanteigado’ recheado de brigadeiro, caramelo ou cookie and cream e banhado com chocolate Tnuva. Pode ser nas versões brigadeiro ou creme de caramelo.
Os holofotes também ficam para a cocada ‘tradicional’ (R$ 6,90), feita com coco fresco e açúcar demerara. Outra boa pedida é o rocambole (R$ 14,90), que pode ser feito com recheio de goiabada ou de creme de caramelo.
Quitutices
CLS 315, Bloco A, Loja 33, Asa Sul – Brasília/DF; (61) 3543-5057 / (61) 98303-5396 (WhatsApp). Segunda, das 12h30 às 19h. De terça a sábado, das 11h às 19h.