Especialistas alertam que o risco de perda auditiva intensificou por conta do uso de fones de ouvido na pandemia
Uma das profissões mais importantes para formação do indivíduo é celebrada em 15 de outubro. Mas, infelizmente, além da desvalorização, os professores também sofrem com as doenças ocupacionais. Uma delas, por exemplo, é a perda auditiva por conta do excesso de barulho, ruído e, agora, com a pandemia com o uso excessivo de fones de ouvido. Segundo um estudo realizado por Wakefield Research, os locais de trabalho com muito ruído podem desencadear a perda auditiva em professores e esse problema é muito maior do que em outras áreas profissionais.
E com a pandemia, há mais um fator de risco que é o excesso do uso de fones de ouvido. Dados da Associação Brasileira de Otorrinolaringologia e Cirurgia Cérvico-Facial (ABORL-CCF) mostram que 35% dos problemas de audição ocorrem por excesso de barulho e fones no ambiente de trabalho,
Gilvânia Barbosa, fonoaudiólogo e especialista em audiologia da clínica Microsom, ressalta que a surdez parcial ou total ocorre pela exposição a ruídos por várias horas. “O profissional fica exposto ao nível de pressão sonora acima de 85 decibéis (dB)”, explica o especialista.
A fonoaudióloga alerta, ainda, para os sintomas: “Os professores precisam estar atentos se estão com zumbido, dificuldade para compreender a fala, tonturas, dores de cabeça, alteração no sono, intolerância a sons e até perda da capacidade de identificar origem de fontes sonoras”, diz
Caso haja de usar o fone por muitas horas, a especialista recomenda:
1 – Não use por mais de quatro horas;
2- De uma em uma hora faça um intervalo de 15 minutos sem fone;
3 – O excesso de umidade causada pelo abafamento, ou seja, uso de fones pode desencadear infecções. Então, é necessário um descanso periódico dos canais auditivos.