Peça “Carrego O Que Posso, Faço Quintal Onde Dá” tem apresentações gratuitas em praças públicas
O espetáculo-instalação Carrego O Que Posso, Faço Quintal Onde Dá propõe uma jornada pela poética de objetos, utilizando-os como dispositivos para rememorar o tempo e resgatar histórias esquecidas de mulheres que chegaram a Brasília no início de sua construção. Realizado pelo Coletivo Entrevazios, a montagem percorre sete cidades com 10 apresentações gratuitas em praças públicas, de 24 de maio a 09 de junho, com sessões sempre às 17h30.
Com recursos do Fundo de Apoio à Cultura (FAC) da Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Distrito Federal, as apresentações gratuitas acontecem em praças públicas das localidades: Planaltina, Vila Planalto, Paranoá, Núcleo Bandeirante, Brazlândia, Vila Telebrasília e Candangolândia. A iniciativa também inclui a realização de bate-papos após as apresentações, permitindo uma troca enriquecedora entre artistas e comunidade. Para incluir a comunidade como um todo, as apresentações na Vila Telebrasília e Candangolândia possuem audiodescrição e intérprete de LIBRAS.
“É uma experiência que convida o público a mergulhar em um universo onde o tempo se desdobra diante de nossos olhos, e os objetos assumem novos significados e narrativas. Nosso objetivo é promover a inclusão cultural e o acesso à arte, enquanto celebramos a riqueza da memória e a passagem do tempo”, comenta Maysa Carvalho, atriz e coordenadora geral do espetáculo.
Com direção de Sandra Vargas, “Carrego O Que Posso, Faço Quintal Onde Dá” narra as histórias de mulheres que deixaram suas cidades natais na esperança de construir uma vida melhor. Na nova capital federal elas tiveram coragem de resistir e permanecer. Criado a partir de uma pesquisa do coletivo Entrevazios com mulheres que testemunharam a construção de Brasília, o espetáculo conduz o público por uma jornada através do tempo e das memórias evocadas por meio de objetos que guardam essas narrativas.
Bacias, lamparinas, ferros de brasa, máquinas de costura, tricô, pilões, panelas, roupinhas de bebê… no quintal, cada item se mostra como um convite à escuta do passado, formando juntos um acervo poético de objetos e memórias das mulheres que também construíram a história de Brasília, uma cidade inventada.
“Este espetáculo traz uma Brasília que poucos conhecem, traz a mãe ou a avó, que sabemos estar em tantas casas, lutando para existir. E por que usamos objetos? Porque eles nos fazem falar daquilo que parece não ter importância neste mundo tão concreto. Trazemos a humanidade escondida num cotidiano que não está nos grandes museus nem nos livros de História, mas que está em nossas casas e parece ser o que faz mais sentido nas nossas vidas”, explica Sandra Vargas, premiada atriz e fundadora do Grupo Sobrevento, pioneiro em teatro de objetos no Brasil e uma referência na pesquisa de linguagem do teatro de animação dentro e fora do país.
Coletivo Entrevazios
Criado em 2014, o grupo vem propondo reflexões e diálogos contínuos sobre Brasília e suas poéticas, investigando as intersecções da cidade com os corpos que a atravessam. Os desdobramentos artísticos do Coletivo incluem trabalhos como: o Livro de Artista ENTREVAZIOS (2014); a intervenção urbana O Estrangeiro (2015); a exposição instalativa De Ver Cidade – Brasília numa caixa de brincar, (2019); a intervenção poética de teatro de animação Lourença (2021); o mini documentário Barraca de Memórias (2023); a exposição Percursos Inventados (2023) e o espetáculo-instalação Carrego O Que Posso, Faço Quintal Onde Dá (2024).
Programação
24/05 – Planaltina – Praça São Sebastião, em frente à Igreja São Sebastião
25/05 – Paranoá – Praça Central
26/05 – Vila Planalto – Praça da Igreja
31/05 – Vila Telebrasília – Praça da Resistência (audiodescrição ao vivo)
01/06 – Vila Telebrasília – Praça da Resistência (intérpretes de LIBRAS)
02/06 – Candangolândia – Praça do Bosque (apresentação com audiodescrição ao vivo e intérpretes de LIBRAS)
03/06 – Candangolândia – Praça do Bosque
07 e 08/06 – Brazlândia – Anfiteatro às margens do Lago Veredinha
09/06 – Núcleo Bandeirante – Praça Padre Roque, em frente à Biblioteca Vó Philomena
Ficha técnica do espetáculo Carrego o que posso, faço quintal onde dá
Realização: Coletivo Entrevazios
Coordenação Geral: Maysa Carvalho
Coordenação Administrativa: Pedro Caroca
Coordenação Técnica: Gabriel Tomé
Idealização e Atuação: Maysa Carvalho
Direção: Sandra Vargas
Assistência de Direção: Luênia Guedes
Dramaturgia: Sandra Vargas e Maysa Carvalho, a partir das histórias contadas pelas mulheres participantes da ação Barraca de Memórias
Orientação Coreográfica: Fabiana Marroni
Tutoria Cenográfica e Máquinas de Cena: Grupo DePernasProAr
Cenografia: Coletivo Entrevazios
Confecção de Cenografia, Máquinas de Cena e Cenotecnia: Daniel Lacourt
Assistente de Cenografia: Neto Bauer e Vini Martins
Trilha Sonora Original: Fernanda Cabral
Figurino: Jéssica Ramos e Ana Clara Neves
Costureira: Ester Ponte
Coordenação de Produção: Artur Cavalcante
Produção: Thay Limeira
Audiodescrição: Lídia Scarabele
LIBRAS: Flávia Novaes
Fotos de Divulgação: Vanessa Acioly
Fotos do Espetáculo: Sabrina Moura
Videomaker: Samuel Malta
Edição de Vídeo: Isis Aisha
Assessoria de Imprensa e Mídias Digitais: Camila Maxi
Design Gráfico: Nara Oliveira
SERVIÇO
Espetáculo Carrego O Que Posso, Faço Quintal Onde Dá
Data: De 24 de maio a 09 de junho
Horário: Sempre às 17h30
Informações e locais: @entrevazios
Acesso: gratuito