Doença que começa de forma silenciosa pode evoluir e causar complicações graves; médico alerta sobre sintomas e como prevenir
A diverticulite é uma inflamação que atinge o intestino grosso, mais especificamente pequenas bolsas chamadas divertículos, que surgem com o tempo nas paredes do intestino. Segundo o coloproctologista Dr. Danilo Munhoz, o problema costuma aparecer depois dos 45 anos e está ligado principalmente ao estilo de vida e aos hábitos alimentares modernos. Segundo dados da Agência Brasil, as internações por inflamações intestinais aumentaram 61% em uma década, passando de 14.782 em 2015 para 23.825 em 2024. Esse crescimento reflete uma tendência preocupante no país.
“O que muita gente não sabe é que a diverticulite começa de forma silenciosa. A pessoa vive normalmente, sem sentir nada, até que, de repente, aparece uma dor forte na parte inferior da barriga, febre e alterações no funcionamento do intestino. Esse é o momento de procurar um médico imediatamente,” explica o especialista.
De acordo com o Dr. Danilo, a origem da doença está ligada a uma alimentação pobre em fibras, pouca ingestão de água, sedentarismo, obesidade e até o uso frequente de certos remédios como anti-inflamatórios. Com o tempo, esses fatores favorecem o aparecimento dos divertículos. Quando inflamam, eles causam dor, febre, gases, prisão de ventre ou diarreia – um quadro que exige atenção médica rápida.
“A prevenção é simples, mas exige compromisso com a saúde. Comer melhor, beber mais água e se movimentar um pouco todos os dias pode fazer toda a diferença. A maioria dos casos poderia ser evitada com essas mudanças básicas no dia a dia,” reforça o médico.
A diverticulite é comum em países onde o consumo de alimentos industrializados é alto e a ingestão de fibras é baixa. Em locais onde se come mais comida natural, o número de casos é muito menor. Isso mostra o quanto a dieta influencia diretamente na saúde do intestino.
Entre os sinais de alerta, os principais são dor persistente no lado esquerdo da barriga, febre baixa, alterações nas fezes (como prisão de ventre ou diarreia), inchaço, gases e até náuseas. Se esses sintomas aparecerem, o ideal é procurar atendimento médico o quanto antes. O diagnóstico pode ser feito por exames de imagem, como a tomografia, e o tratamento costuma incluir antibióticos, repouso intestinal e hidratação.
Em casos mais graves, quando a inflamação se espalha ou há risco de perfuração do intestino, pode ser necessária internação e até cirurgia. Por isso, o acompanhamento médico é essencial para evitar complicações.
Fica o alerta: a diverticulite é uma doença séria, mas que pode ser prevenida com atitudes simples. Estar atento aos sinais do corpo e não adiar o cuidado é o primeiro passo para manter o intestino saudável e evitar problemas maiores no futuro.