terça-feira, setembro 2

Dia Mundial da Saúde Sexual: um alerta para a importância do cuidado contínuo

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Celebrado em 4 de setembro, a data ressalta a necessidade de conscientização sobre a saúde sexual e a prevenção de infeções sexualmente transmissíveis, com destaque para o HPV e suas implicações coloproctológicas

No dia 4 de setembro, o mundo volta suas atenções para a saúde sexual com a celebração do Dia Mundial da Saúde Sexual. A data, mais que um lembrete anual, é uma oportunidade para discutir e promover a importância do cuidado contínuo com a saúde sexual, essencial para o bem-estar geral e um aspecto fundamental dos direitos humanos.

A saúde sexual não se restringe à ausência de doenças, mas abrange o bem-estar físico, emocional, mental e social em relação à sexualidade. No centro destas discussões, estão as infecções sexualmente transmissíveis (ISTs),  que constituem um dos principais desafios de saúde pública de nosso tempo, e onde o papilomavírus humano (HPV) se destaca por sua prevalência e consequências em longo prazo.

Segundo o coloproctologista Danilo Munhóz, o HPV merece atenção especial devido ao seu papel em condições coloproctológicas, afetando tanto homens quanto mulheres. Estima-se que a infecção pelo HPV impacte cerca de 80% dos indivíduos sexualmente ativos em algum momento de suas vidas. No entanto, as implicações podem ser particularmente severas quando não geridas adequadamente. De uma forma geral, tanto em homens como em mulheres, o HPV pode levar a complicações como as verrugas genitais e, em casos mais severos, está relacionado ao câncer anal.

“O câncer anal é uma condição de saúde cada vez mais discutida em razão de sua associação com infecções sexualmente transmissíveis (ISTs), especialmente o papilomavírus humano (HPV), um dos principais fatores de risco para o desenvolvimento da doença. O contágio pelo HPV pode ocorrer por meio do contato sexual, independente se houver proteção, ela apenas minimiza o risco”,  explica o coloproctologista.

Em relação às mulheres, a coloproctologista Aline Amaro, explica que além das verrugas genitais, o HPV é notoriamente associado ao câncer do colo do útero, o segundo tipo de câncer mais comum entre mulheres em idade reprodutiva. Embora o diagnóstico inicial de HPV no colo do útero seja realizado por ginecologistas, é crucial que as pacientes também recebam acompanhamento de um coloproctologista para uma avaliação completa, dada a possibilidade de acometimento anorretal.

O diagnóstico do câncer anal geralmente é feito por meio de exames clínicos e análise de tecidos, como a anuscopia e a biópsia, que ajudam na identificação de células anormais. A prevenção abrange o exame preventivo conhecido como Papanicolau anal, especialmente para grupos de risco, e a vacinação contra o HPV. O tratamento, por sua vez, pode incluir desde aplicação de medicamentos tópicos, cirurgia, radioterapia e quimioterapia, dependendo do estágio e da localização do tumor. No entanto, a detecção precoce continua sendo a melhor estratégia, possibilitando intervenções menos invasivas e reduzindo consideravelmente o risco de complicações graves.

Neste Dia Mundial da Saúde Sexual, a mensagem é clara: cuidar da saúde sexual é cuidar da vida. Incentivar a educação sexual, promover e facilitar o acesso à vacinação e exames regulares, bem como abrir espaço para conversas abertas e informadas, são passos essenciais.

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Gaúcho de nascimento, brasiliense de coração. Economista, 26 anos, amante de viagens e gastronomia. Instagram: @davirezende__

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