O câncer de testículo corresponde a 5% do total de casos de câncer em homens, de acordo com o Instituto Nacional de Câncer (Inca). Apesar de rara, a doença é preocupante, pois atinge, em sua maioria, homens em idade produtiva, ou seja, dos 15 aos 50 anos, podendo ser muito agressiva e se espalhar para outras partes do corpo rapidamente. Mas há tratamento e grandes chances de cura.
E como a doença aparece? Rafael Buta, médico urologista da Aliança Instituto de Oncologia, explica que o principal sintoma é o surgimento de um nódulo endurecido ou aumento no tamanho do testículo, que geralmente não acompanha dor.
O especialista acrescenta que a enfermidade pode surgir por quatro motivos: histórico familiar, lesões e traumas na bolsa escrotal, exposição a agrotóxicos, e criptorquidia, quando a criança apresenta um testículo que não desceu para a bolsa testicular.
Relato de Caso
Pesquisando sobre o assunto no Instagram, conheci o perfil do Neydson Muniz, professor de Educação Física, 35 anos que compartilhou a sua luta e cura contra este Câncer no ano passado.
https://www.instagram.com/p/BkGQQN_no9c/
Diagnóstico e tratamento
Buta aponta que o diagnóstico pode ser feito por meio de exames físicos ou complementares, como ultrassonografias e exames de laboratório.
“O primeiro passo do tratamento é sempre cirúrgico, com remoção do testículo acometido. Muitas vezes pode ser colocada uma prótese de silicone no local do testículo que foi retirado, para manter a aparência normal da bolsa testicular”, afirma Dr Rafael.
Após a cirurgia, segundo o médico, a decisão de realizar tratamento complementar, com quimio e/ou radioterapia baseia-se principalmente em dois fatores: o tipo de célula presente no tumor, e se houve disseminação da doença para outras partes do corpo.
“Quando o diagnóstico é feito na fase inicial da doença, as chances de cura chegam a 100%”, ressalta o especialista.
Fique ligado!
Rafael Buta destaca ainda a importância do autoexame nos testículos. Ele preparou três dicas de como fazer o teste. Confira:
– Observe a pele da bolsa testicular, e perceba se há alguma alteração na sua aparência;
– Segure um testículo de cada vez, utilizando os dedos de ambas às mãos, e deslize os dedos pela superfície do testículo (ela deve ser lisa). Na parte de cima e atrás do testículo é possível sentir outra estrutura, o epidídimo (semelhante a um cordão). É normal que um testículo seja ligeiramente maior que o outro;
– Caso perceba durante o autoexame algum nódulo, região endurecida ou dolorosa, crescimento anormal do testículo ou alteração no seu formato, procure o urologista para que este realize uma avaliação mais detalhada.
Um abraço! Ana.