sábado, novembro 23

Alteração nos rótulos alimentares trará benefícios ao consumidor.

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Está em curso na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) uma discussão em torno da nova legislação para os rótulos alimentares, com uma campanha nas redes sociais intitulada #AnvisaPerguntaPraMim. O objetivo é estimular o engajamento de toda a sociedade neste processo regulatório.

Vários aspectos de mudança na rotulagem de alimentos estão sendo propostas e sugeridas para que fique mais claro para a população o fácil e rápido entendimento da composição nutricional dos produtos. Algumas das mudanças propostas são a inclusão de um modelo nutricional frontal, tendo como base a quantidade por porção do alimento, onde os ícones relativos a valor energético, sódio, açúcares totais e gordura saturada ganhem cores de entendimento universal – verde, amarelo e vermelho.

O significado das cores assemelha-se ao das cores do semáforo, fazendo uma analogia aos seus respectivos significados: a cor verde indica que o consumo está mais longe da recomendação diária do nutriente, ou seja, é possível ingeri-lo numa quantidade maior. Já a amarela demanda atenção, e significa que o alimento está com níveis mais próximos de se alcançar a recomendação diária; a cor vermelha significa que o consumidor está bem perto de alcançar a recomendação diária do nutriente apenas com o consumo deste único item.

 

Para a nutricionista da NutriCoaching, Enaile Arrais, o intuito é tornar as informações acessíveis a todos e, dessa forma, fazer com que o consumidor entenda de modo claro, simples e concreto o que se está consumindo e ingerindo. A importância é atender à necessidade da população e empoderar o consumidor a ser capaz de fazer suas próprias escolhas. “Com o consumidor sabendo de fato sobre os rótulos alimentares que se estão adquirindo, torna-se mais fácil e simples o processo da educação nutricional”, acredita.

 

 

 

 

Principais mudanças – Destaca-se como principais mudanças a alteração da informação do valor energético, açúcares totais, sódio e gordura saturada para a parte da frente das embalagens, porque dessa forma, o consumidor se atenta melhor a essas informações, que, segundo pesquisas, são os maiores causadores de doenças crônicas não transmissíveis. Outra mudança importante é a alteração da base de indicação das informações sobre os nutrientes para 100g, pois permite que sejam feitas comparações entre alimentos de uma mesma categoria ou até de categorias diversas.

Mas o que precisamos analisar com mais atenção ao avaliar rótulos alimentares? Segundo Enaile, mais importante que o valor calórico de um produto, são os valores de açúcar e sódio contidos em uma porção do alimento, pois estes são índices que elevam processos inflamatórios no organismo. “Além desses, é importante ter atenção na lista de ingredientes contida nos rótulos: quanto maior for essa listagem, menos natural e saudável será o alimento e a possibilidade de conter substancias químicas e tóxicas é maior, como conservantes, estabilizadores de pH, corantes e etc.”

De acordo com a nutricionista, outra informação muito relevante nessa lista de ingredientes é saber que a ordem que eles estão listados indica a sua concentração no alimento em questão. “Então, se o primeiro ou um dos primeiros ingredientes contidos na lista for o açúcar ou xarope de milho ou maltose (existem várias formas do açúcar vir “mascarado”) significa que aquele alimento ou produto contém, em sua maior parte, açúcar na composição”, explica. Isso é aplicado para qualquer ingrediente, basta prestarmos atenção na ordem a qual eles vêm listados. “Cabe a nós lermos esta ordem e escolher, sempre que possível, alimentos e produtos com ingredientes melhores e mais saudáveis sendo listados no início desta lista”, completa.

Além dos rótulos, é muito importante uma análise no estado geral da embalagem do alimento: se contem rachaduras, se está amassada, rasgada, com furos ou se sofreu algum dano, por menor que seja, pois isso pode abrir uma abertura para contaminação do produto.

Outro fator muito importante é a data de fabricação e data de validade do produto. Geralmente, os supermercados baixam os preços de determinado produto que está próximo da data de validade para que sejam facilmente adquiridos. “Muita atenção nesses produtos”, alerta Enaile.

Alimentos congelados podem sofrer variações de temperatura que danifiquem facilmente sua qualidade nutricional, no sabor e na textura. Diante disso, se faz muito importante a verificação da data de fabricação do produto. Escolha o que estiver com a data de fabricação mais próxima a data da compra.

Os alimentos que contém probióticos (bactérias benéficas) em sua composição, como nos leites e iogurtes fermentados também se faz necessária a verificação da data de fabricação. Escolha os de data mais próxima a data da compra, para que possam conter maior quantidade de cepas probióticas vivas e intactas no produto, desde a sua fabricação. Essas cepas são sensíveis ao calor e luz intensa.

 

 Portal http://portal.anvisa.gov.br/

 

 

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cheia de segredos - Karl jeaneth

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