“Quando as Ruas Chamam”: 9º Festival Nacional de Breaking celebra a cultura urbana com batalhas e arte no Distrito Federal

Evento acontece de 26 a 28 de setembro no Sesc da Ceilândia

Reconhecido como um dos maiores encontros de Breaking do Brasil, o Festival Nacional de Breaking “Quando as Ruas Chamam” chega à sua 9ª edição em 2025 com uma programação, inclusiva, plural e repleta de atitude. Apresentado pelo Fundo de Apoio à Cultura do Distrito Federal (FAC-DF), com apoio do SESC-DF por meio do programa Sesc + Cultura 2025, o evento será realizado nos dias 26, 27 e 28 de setembro, com entrada gratuita, no SESC Ceilândia.

A edição deste ano reafirma o compromisso do festival com o acesso a diversidade e a representatividade dentro da cultura hip hop. As finais nacionais reúnem B-boys e B-girls de todas as regiões do país, após seletivas realizadas em Bento Gonçalves (RS), Rio de Janeiro (RJ), Belém (PA), Primavera do Leste (MT) e Distrito Federal.

Com o objetivo de democratizar ainda mais a participação, o festival promoveu um processo de seleção por vídeos, garantindo oportunidade a dançarinos(as) que não conseguiriam participar das seletivas presenciais. A iniciativa amplia o alcance do evento e reforça seu compromisso com a inclusão e descentralização da cultura.

Outra novidade desta edição foi o Concurso Virtual de Graffiti, que definiu a identidade visual do projeto em 2025. Artistas de várias partes do país enviaram suas criações, e as três finalistas foram submetidas à votação popular. O vencedor foi o grafiteiro Dan, de São Paulo, cuja arte estampa todo o material gráfico e de mídia do festival.

A competição contará com cinco modalidades: Crew Battle (grupos), 1×1 Battle, B-Girl Battle (feminino), Especial Battle (PcD) e a consagrada Cypher Kings/Queens, que dá voz e pista para todos os presentes no evento — mesmo que não sejam competidores profissionais.

“É o hip hop na sua essência: acessível, vibrante, feito com paixão. O Breaking mudou a minha vida e a de muita gente. Poder realizar essa nona edição na Ceilândia, onde tudo começou pra mim, é um ato de resistência e celebração”, afirma Alan Jhone, o B-boy Papel, idealizador e diretor do projeto.

Sobre B-boy Papel

Nascido na Ceilândia, B-boy Papel exalta o lugar como caldeirão da cultura Hip Hop no Distrito Federal: “Aprendi tudo o que sei do Breaking na minha cidade, então nada melhor do que poder retribuir isso incentivando o turismo e mostrando para todo mundo como somos fortes não só na dança, mas nas artes de modo geral”. O agitador cultural também fala que seu maior desejo é quebrar os paradigmas existentes relacionados às pessoas que vivem naquela R.A. “Esse evento é a verdadeira celebração do Breaking nacional e a Ceilândia merece ser o palco dessa festa. Nada mais justo”, conclui.

É inquestionável o quanto o Breaking se tornou importante desde o seu surgimento no mundo todo. “Hoje, não somos só uma dança do Hip Hop, nós participamos do evento esportivo mais importante, que são as Olimpíadas. Isso mostra a nossa força, uma dança que surgiu nos guetos dos Estados Unidos e que hoje está nos maiores palcos do planeta. O Breaking é transformador e é fácil ver quantas pessoas tiveram suas vidas mudadas por ele”, destaca Jhone.

ELIMINATÓRIA DISTRITO FEDERAL
Sexta-feira, 13 de setembro
SESC Ceilândia – QNN 27, Área Especial, Lote B – Ceilândia Norte
A partir das 14h
Entrada gratuita

FINAIS NACIONAIS – 26 a 28 de setembro
SESC Ceilândia – QNN 27, Área Especial, Lote B – Ceilândia Norte
Entrada gratuita | Classificação Livre

26/09 (sexta)

14h30 – Abertura oficial do festival
Exibição do documentário “Hip Hop na Maturidade”
Palestra e debate com Pedrinho Festa (RS), criador do projeto Maturidade Urbana, sobre envelhecimento ativo e protagonismo do idoso no hip hop
Acessibilidade garantida: tradução em Libras

27 e 28/09 (sábado e domingo)

A partir das 14h – Disputas em todas as categorias
Apresentações da Banda Groove Attak (DF)
Performances livres nas Cyphers
Participação especial dos jurados:
- Porteño (Argentina)
- Fanny (GO)
- Pedrinho (RS)
Discotecagem com os DJs:
- Batata Killa (SP)
- Sapo (DF)
No comando do microfone: MC Uiu (SP)