quinta-feira, maio 22

Chegada da seca e do frio no DF alerta para o aumento de doenças respiratórias

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Pneumologista chama atenção para os cuidados necessários durante este período do ano

Em Brasília, o final do mês de maio é marcado pela incidência de baixas temperaturas e redução da umidade relativa do ar. Durante este período, doenças como rinossinusites, faringites, laringites, bronquites e crises de asma aparecem com mais frequência na população. O ar frio e seco interfere negativamente na eliminação do muco das vias aéreas, favorecendo infecções. Além disso, o desconforto térmico leva à maior permanência em ambientes fechados e pouco ventilados, o que aumenta a exposição a vírus respiratórios e facilita sua transmissão.

De acordo com o pneumologista do Hospital DF Star e do Hospital Santa Luzia, da Rede D’Or, Thiago Fuscaldi, com a acentuada redução da umidade relativa do ar, compromete-se a integridade da mucosa respiratória e o funcionamento do sistema mucociliar — principal barreira de defesa contra partículas inaláveis e agentes infecciosos. “Associado a isso, há maior concentração de poluentes, poeira e alérgenos suspensos no ar, o que favorece processos inflamatórios e infecciosos nas vias aéreas, principalmente em indivíduos com doença respiratória prévia”, explica.

Crianças e idosos fazem parte dos grupos mais vulneráveis durante a estação seca. Nas crianças, o sistema imunológico ainda está em desenvolvimento, e as vias respiratórias menores favorecem a obstrução quando há inflamação. Já os idosos, além de apresentarem uma resposta imunológica menos eficiente, frequentemente têm doenças crônicas associadas, como insuficiência cardíaca, doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC) e diabetes, que agravam o impacto das doenças respiratórias.

 

Segundo o pneumologista Thiago Fuscaldi, as principais medidas de prevenção incluem manter boa hidratação oral, realizar higienização nasal com soro fisiológico, umidificar os ambientes internos com bacias d’água ou umidificadores, evitar exposição a poeira e fumaça, manter as vacinas atualizadas (especialmente contra Covid, influenza e pneumonia) e evitar aglomerações em locais fechados. “Em pacientes com doenças respiratórias crônicas, é essencial o uso regular das medicações de controle e o acompanhamento médico para ajustes conforme a sazonalidade”, afirma.

 

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