Neurologista esclarece diagnósticos e tratamentos
Tontura e zumbido são sintomas que podem ser incômodos,mas quando devemos nos preocupar? Entenda melhor os diagnósticos e tratamentos relacionados a esses sintomas
Muitas pessoas minimizam a importância de procurar ajuda médica quando sentem tontura e zumbido no ouvido. No primeiro, o autodiagnóstico (“tenho labirintite”) vem quase automático e, no caso do zumbido, acreditam que os sons são fruto de algum descontrole emocional momentâneo. Mas quando os problemas passam a incomodar, com constância e recorrência, os pacientes não sabem qual especialista buscar para diagnóstico e tratamento corretos.
Dr. Heitor Lima, médico neurologista (especialista no tratamento de distúrbios neurológicos), alerta sobre os possíveis diagnósticos mais comuns relacionados à tontura e ao zumbido. Ele destaca que esses sintomas podem ser causados por diferentes condições, como distúrbios do labirinto, enxaqueca vestibular, neuropatia periférica e doença de Ménière.
Existem várias condições médicas que podem causar tontura e zumbido, e o diagnóstico dependerá de uma avaliação minuciosa dos sintomas, histórico médico e exames físicos e neurológicos. Alguns dos diagnósticos possíveis incluem:
Doenças do ouvido interno e tronco cerebral: frequentemente causam desequilíbrio, ou vertigem, que é uma sensação de movimento giratório, muitas vezes acompanhada de náusea;
Medicamentos: diversos medicamentos podem causar ou até piorar a tontura;
Transtornos do labirinto: uma inflamação do labirinto, por exemplo, que é a estrutura responsável pelo equilíbrio;
Enxaqueca vestibular: trata-se de enxaqueca que provoca tontura e alterações no equilíbrio;
Neuropatia periférica: condição em que os nervos periféricos são danificados e podem levar a tontura e zumbido;
Doença de Ménière: é uma doença caracterizada por episódios de vertigem, zumbido e perda auditiva.
Sintomas comuns
O especialista explica que os sintomas de tontura e zumbido são relativamente comuns na população: os dados indicam uma prevalência de 15 a 20% do zumbido na população, e a tontura pode chegar até 40% da população, dependendo da idade avaliada.
“Na maioria das vezes, as pessoas só tomam conhecimento da área quando são encaminhadas por outro médico — geralmente o otorrinolaringologista — por necessitarem de um diagnóstico e um acompanhamento mais aprofundado”, explica o neurologista.
O tratamento dependerá do diagnóstico específico e pode incluir medicamentos para aliviar os sintomas, alterações no estilo de vida, terapia de reabilitação vestibular, entre outras opções. É importante seguir as orientações do neurologista e realizar um acompanhamento adequado para monitorar a evolução dos sintomas.
Dr. Heitor explica a importância de procurar uma avaliação médica caso os sintomas persistam ou piorem: “Somente um médico pode fazer um diagnóstico preciso e recomendar o tratamento adequado para cada caso”, ressalta.
É fundamental buscar auxílio médico para obter um diagnóstico adequado e um plano de tratamento individualizado. Esses sintomas não devem ser ignorados, pois podem impactar significativamente na qualidade de vida do paciente.