O espetáculo resgata músicas que fazem parte de nossa memória afetiva em uma história que reflete sobre relações familiares e nossa responsabilidade afetiva e social. Ao todo serão quatro apresentações (quinta a sábado, às 20h, e domingo, às 19h).
Depois de estrear em maio no Centro Cultural Banco do Brasil do Rio e cumprir turnê pelos palcos do CCBB em Belo Horizonte e São Paulo, o musical – que teve a temporada de Brasília adiada em função de alguns atores do elenco terem testado positivo para a Covid – finalmente desembarca no teatro do CCBB da Capital Federal.
As apresentações serão realizadas de quinta a domingo, 20 a 23 de outubro, em quatro sessões especiais (quinta a sábado, às 20h, e domingo, às 19h). Os ingressos custam R$ 30 (inteira) e R$ 15 (meia) e podem ser adquiridos diretamente na bilheteria do CCBB Brasília ou pelo site bb.com.br/cultura.
Sobre o musical
O Brasil profundo, longe do litoral e dos grandes centros urbanos, apresenta uma cultura rica e diversa, fundamental para a compreensão da identidade nacional. Esse lugar, que pode estar na fronteira entre Minas Gerais, Espírito Santo e sul da Bahia, no interior do Mato Grosso ou mesmo no nosso imaginário afetivo, ganha os palcos no musical inédito Céu Estrelado.
O espetáculo faz um resgate do cancioneiro popular brasileiro, em uma história que reflete sobre o nosso lugar no mundo a partir de relações pessoais e sociais. Idealizado por Gustavo Nunes, com texto de Carla Faour, direção de Viniciús Arneiro e João Fonseca, direção musical de Tony Lucchesi, o projeto é patrocinado pela Brasilcap, empresa de capitalização da BB Seguros, por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura. A produção é da Turbilhão de Ideias e a realização é do Centro Cultural Banco do Brasil.
Os diretores Viniciús Arneiro e João Fonseca repetem uma bem-sucedida parceria, iniciada em “Cássia Eller – O musical”, para contar a história de Antonia, vivida pela cantora, compositora e atriz potiguar Juliana Linhares, uma das principais revelações da MPB na pandemia. Na trama, a personagem, nascida na cidade fictícia de Carneirinhos, se muda para o Rio de Janeiro, brigada com o pai, seu Cris (Bruno Garcia), para tentar a carreira de cantora. Depois de alguns anos, ela está de volta a pedido da família para participar da festa de Santo Antônio na fazenda onde moram. Ao lado do namorado estrangeiro, Johnny (Hamilton Dias), Antonia vai reencontrar, além do pai, um antigo amor, Paixão (Daniel Carneiro), sua irmã Cidinha (Dani Câmara), e a faz-tudo da fazenda, Fafá (Natasha Jascalevich).
“A história nos leva a refletir sobre a inevitável passagem do tempo, o curso da vida e como é urgente e necessário que a humanidade resgate seu olhar sensível para a natureza”, comenta o diretor Viniciús Arneiro. “É também uma trama que fala sobre o que ganhamos e o que perdemos quando deixamos nossa cidade e nossas raízes para seguir um sonho, uma carreira. É uma peça delicada, leve e, ao mesmo tempo, dramática. Tem uma dramaturgia que vai nos surpreendendo”, acrescenta o diretor João Fonseca.
O Banco do Brasil incentiva a cultura no país desde 1989, com a criação do Centro Cultural Banco do Brasil, no Rio de Janeiro. Ao longo de mais de 20 anos, o CCBB Brasília promove projetos nas áreas de artes plásticas e cênicas, música, cinema, ideias e arte-educação, com programação de qualidade, diversa e plural, recebendo centenas de milhares de visitantes anualmente e figurando entre as instituições culturais mais visitadas do país e um dos principais aparelhos culturais no Brasil e no mundo.
Com exceção do ator convidado Bruno Garcia, o elenco, formado por artistas de diferentes origens, foi escolhido em audições. “Tem gente que nasceu em Natal, Recife, Angra dos Reis, Goiânia, Rio de Janeiro. Os sotaques são muito distintos e se misturam em cena. Fizemos questão que permanecesse assim, para enfatizar que é também nessa multiplicidade cultural que reside a beleza do português não uniforme do Brasil”, conta Arneiro.
Com uma longa carreira teatral, Juliana Linhares vive a sua primeira protagonista. “Comecei a fazer teatro de 9 para 10 anos, em Natal, e nunca mais larguei. Sou formada em direção teatral, mas comecei a cantar na faculdade na banda Pietá. Então, música e teatro sempre ficaram embolados na minha vida”, observa Juliana, muito elogiada por seu primeiro disco-solo, “Nordeste ficção”, lançado ano passado. “Juliana é uma cantora e uma atriz extraordinária. Sensível, inteligente e com uma voz que inunda a nossa alma do melhor do Brasil e da música brasileira”, elogia Fonseca.
A premiada autora Carla Faour, estreante em musicais, conta que criou uma história sobre afetos, família e memórias sem deixar de lado a crítica social ao expor a urgência de preservação de nossos recursos naturais. “A música popular brasileira se inspirou e se inspira muito na natureza do Brasil. Quantas de nossas canções não falam sobre nossas águas, rios, animais, a flora, a terra e sobre nosso povo? E, se por um lado, a gente tem essa biodiversidade que é um tesouro planetário, também temos essa falta de cuidado com o meio ambiente que traz consequências seríssimas”, avalia a dramaturga.
A intenção do produtor Gustavo Nunes, ao idealizar o espetáculo, era explorar o tema das migrações existentes no Brasil a partir de canções que emocionam e unem os habitantes das mais diversas regiões do país. “Minha vontade era fazer um resgate de músicas do cancioneiro nacional que não costumam ser tão prestigiadas no nosso teatro musical. Eu sentia falta de espetáculos que tratassem de nossas raízes, queria reunir canções com grande potência poética”.
“Também é uma alegria poder voltar a trabalhar com os diretores João Fonseca e Viniciús Arneiro, após nossa bem-sucedida jornada com “Cássia Eller – o musical”, conta.
Na trilha sonora, escolhida a dedo pela equipe criativa, estão canções de Milton Nascimento, Chico César, Chico Buarque, Gilberto Gil, Jovelina Pérola Negra, entre outras. O diretor musical Tony Lucchesi explica que o elenco vai ter o acompanhamento do violonista Gabriel Quinto, mas alguns dos atores também vão tocar instrumentos em cena. Além disso, todas as canções ganham novos arranjos para aumentar a dramaticidade das cenas. “As músicas foram escolhidas pela sua importância e beleza, mas também porque são essenciais para contar a história de maneira forte e poética”, conclui.
Sobre a Turbilhão de Ideias
A Turbilhão de Ideias atua desde 2008 na concepção, execução e circulação de seus projetos por todo o Brasil, promovendo arte, entretenimento e conteúdo educativo através de espetáculos, publicações, workshops, séries de animação e conteúdo audiovisual. Suas produções são sucesso de público e crítica, reconhecidas por inúmeras indicações e prêmios conquistados. A produtora é responsável pelo espetáculo “Cássia Eller – o Musical”, que passou por todas as capitais brasileiras, e “Rio mais Brasil, o nosso musical”.
Há 12 anos, produz o espetáculo “A História de Nós 2”, que já circulou por mais de 25 cidades do país. Produziu o Festival Som Brasileiro, dirigiu e roteirizou o show “A Música é o meu refúgio”, que uniu artistas refugiados com grandes nomes da MPB. Em âmbito internacional, produziu o “Nelson Rodrigues Festival”, na Embaixada do Brasil em Londres, “O Menino que Vendia Palavras”, em Portugal, e mantém intercâmbio com o ITNY, de Nova York. No ambiente online, lançou o Canal “M de Martha”, da escritora Martha Medeiros, no Youtube.
Na área de patrimônio imaterial, viabilizou a criação da estátua de Nelson Rodrigues em tamanho real, situada em Copacabana, no Rio de Janeiro. Suas mais recentes produções são “Conferência dos monstros”, projeto multiplataforma que inclui série de animação musical infantil; “Maria – Ninguém sabe quem sou eu”, documentário sobre Maria Bethânia, e a plataforma de e-learning Xpertise. Ao longo de 13 anos, suas produções alcançaram um público superior a 2 milhões de espectadores
Sobre a Brasilcap
Desde 1995, a Brasilcap já distribuiu mais de R$ 2,4 bilhões em prêmios, que abrangem aproximadamente 690 mil títulos contemplados. Atualmente, a Companhia conta com mais de 3 milhões de clientes e um portfólio diferenciado de soluções de capitalização. Como referência de mercado, a Brasilcap entende que é seu papel transformar a realidade da sociedade. Por isso, a Companhia incentiva projetos de desenvolvimento, divulgação e preservação da cultura brasileira, ao apoiar exposições, peças teatrais, musicais, filmes, entre outras manifestações artísticas, tanto por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura, como de forma direta.
Sobre o CCBB Brasília
O Centro Cultural Banco do Brasil Brasília é o maior e mais importante Centro Cultural da Capital Federal. Foi inaugurado em 12 outubro de 2000, após uma grande reforma de adaptação do Edifício Tancredo Neves, com o objetivo de reunir em um só lugar todas as formas de demonstração de arte e criatividade possíveis, para levá-las ao público da capital.
O edifício Presidente Tancredo Neves faz parte de um conjunto de obras arquitetônicas assinadas por Oscar Niemeyer. Com o seu imenso projeto paisagístico, idealizado por Alda Rabello Cunha, o prédio conta com amplos espaços de convivência, café, restaurante, galerias, sala de cinema, teatro, salas multiuso, jardins e uma praça central para eventos abertos, onde são realizados shows, espetáculos e performances. Não é necessária a retirada de ingresso para acessar o prédio, os ingressos para os eventos podem ser retirados previamente no site bb.com.br/cultura ou presencialmente na bilheteria do CCBB.
Fotos: Dalton Valério
Serviço
CCBB Brasília – Céu Estrelado
Onde: Centro Cultural Banco do Brasil Brasília (SCES, Trecho 2 – Brasília/DF);
Quando: quinta a domingo, 20 a 23 de outubro de 2022.
Dias e horários: quinta a sábado, às 20h, e domingo, às 19h
Ingressos: Os ingressos custam R$ 30 (inteira) e R$ 15 (meia) e podem ser adquiridos diretamente na bilheteria do CCBB Brasília ou pelo site bb.com.br/cultura.
Tempo de duração: 1h20
Classificação indicativa: 12 anos.
Para mais informações: (61) 3108 7600
Site: bb.com.br/cultura. Email – ccbbdf@bb.com.br
Horário de funcionamento: Todos os dias, das 9h às 21h, exceto às segundas.
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