Castrar um animal, seja ele cão ou gato, gera muitas dúvidas para os tutores, que nem sempre ficam à vontade para realizar a cirurgia, temendo causar algum dano ao animal.
Existem muitos mitos sobre a castração de animais de estimação. Um dos mais comuns é que fêmeas devem ter ao menos uma ninhada, para que sejam saudáveis e felizes. Já no caso dos machos, crê-se que a castração torna o animal triste e frustrado. Todas as afirmações acima são falsas, tanto para cães quanto para gatos.
Segundo a veterinária Camila Maximiano, da Clínica Pompeu, os cães não precisam cruzar ou ter filhotes antes de ser castrados para sentir-se satisfeitos ou completos. Sua saúde física e mental não é dependente de cruzas ou ninhadas. Esses são valores humanos. Cães e gatos agem por instinto e estão mais sujeitos à frustração se não forem castrados. Já imaginou quantas fêmeas entram no cio em seu prédio ou na sua rua? Esses possíveis “parceiros” são percebidos à distância pelos animais e isso significa que o seu cachorro instintivamente vai querer cruzar, às vezes por dias seguidos, sem nunca conseguir. Isso, sim, pode gerar frustração e representar um estresse constante na vida do seu cão ou gato.
A castração traz uma série de benefícios para os animais de estimação e para a sociedade. “Castrar o seu cachorro é um ato de responsabilidade, pois você está não apenas prevenindo possíveis doenças, como também contribuindo para reduzir a quantidade de ninhadas indesejadas e animais de rua, pois esses filhotes frequentemente acabam abandonados ou em situação de maus-tratos”, informa Camila.
Benefícios para o animal:
- Em fêmeas, o procedimento diminui o risco de câncer de mama e, quanto mais cedo, melhor, pois 92% das cadelas castradas entre o primeiro e segundo cio, não desenvolvem a doença. Já em gatas, a castração reduz as chances de câncer de mama entre 40% a 60%.
- Em machos, a castração reduz a frustração sexual e a necessidade de sair de casa, o que diminui o risco de fugas, atropelamentos e brigas com outros machos.
- As fêmeas não desenvolvem infecções uterinas graves (piometra), inflamação ou infecção das mamas (mastite), e gravidez psicológica (pseudociese).
- Já em machos, reduz-se as chances de hiperplasia de próstata e evita-se o câncer de testículo, que podem ser fatais.
- As fêmeas não entram mais no cio, evitando problemas com o sangramento e possíveis cães importunando a casa.
- Cães e gatos machos sentem menos necessidade de marcar o seu território com urina.
- Seu animal de estimação também pode ficar mais dócil, facilitando a interação e reduzindo situações problemáticas.
- Além disso, em ambos os sexos a castração evita a transmissão de doenças sexualmente transmissíveis, como o TVT (tumor venéreo transmissível).
- Ressaltamos ainda que a castração em si não faz os animais engordarem. O que acontece em alguns casos é a redução de atividade física (o animal fica mais calmo), o que o leva a ganhar peso. Consulte seu veterinário sobre a quantidade de comida que você deve oferecer.
De acordo com a veterinária Camila Maximiano, da Clínica Pompeu, apesar de todos os benefícios que a castração traz, é preciso seguir algumas recomendações. As fêmeas caninas e felinas devem ser castradas, preferencialmente, entre o primeiro e segundo cio, enquanto que os filhotes machos poderão ser submetidos à castração a partir dos 6 meses. No caso de animais adultos, eles podem ser castrados em qualquer idade, desde que aptos para passar por procedimento cirúrgico. As fêmeas devem ser castradas, pelo menos um mês antes ou depois do cio.
Para realizar o procedimento são necessários exames sanguíneos e após o procedimento deve-se seguir todas as orientações de cuidado que o médico veterinário prescrever. “Se tiver alguma dúvida sobre a castração, fale com o seu médico veterinário. Ele poderá te aconselhar sobre o melhor período para realizar o procedimento e cuidar das necessidades específicas do seu cão ou gato”, aconselha Camila.
Serviço:
Pompeu Clínica Veterinária (61) 3711-9006 / 99277-2738
SHIN – CA 10 – Loja 12 – Lago Norte – Brasília-DF